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Vale: danos e riscos

Em 12 anos de operação, entre 1990 e 2002, a mina de Igarapé Bahia, na província mineral de Carajás, no sul do Pará, produziu quase 100 toneladas de ouro, avaliadas em quase 17 bilhões de reais. Durante esse período, essa mina foi a maior produtora individual de ouro do Brasil.

Desta vez, da riqueza não ficou apenas um buraco ou o apito do trem, conforme a simbologia da exploração colonial. Ficaram duas barragens. O reservatório da Pondes de Rejeitos está com volume de 12 milhões de metros cúbicos; o da Captação de Água está com 600 mil metros cúbicos. Somados, têm volume próximo aos 12,7 milhões de metros cúbicos da barragem 1 da mina do Córrego do Feijão, de Brumadinho, em Minas Gerais, cujo rompimento, no início deste ano, provocou o mais grave acidente da mineração brasileira e mundial, com cerca de 250 mortes.

Por não disporem de sistemas eficientes de escoamento de água, o que pode afetar a estabilidade das estruturas em eventual período muito chuvoso, as duas barragens estão classificadas pela Agência Nacional de Mineração entre as 10 mais perigosas do país.

Passados 17 anos do fim da atividade produtiva, o Ministério Público Federal considera que a Vale, responsável pelas barragens, ainda não apresentou garantias de que elas não oferecem riscos de rompimento, Por isso, requereu à justiça federal, ontem, que a mineradora seja obrigada a adotar medidas urgentes para garantir a segurança das barragens, localizadas em Parauapebas. O cronograma da empresa não teria a urgência necessária.

No seu pedido, o MPF ressalta que as barragens ficam no interior da Floresta Nacional de Carajás. Não existem comunidades próximas, mas eventual transbordamento ou rompimento poderiam causar graves danos ambientais.

Discussão

2 comentários sobre “Vale: danos e riscos

  1. Não existem acidentes em obras de engenharia!!!

    Publicado por Vitor Guilhermo Sorenzi | 13 de julho de 2019, 11:32 pm

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  1. Pingback: Vale: danos e riscos | Daniel4656's Blog - 14 de julho de 2019

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